A contagem regressiva para a Black Friday já começou, e os números mostram que os consumidores estão se organizando com antecedência. Entender esse comportamento é essencial para ajustar estoque, logística e oferecer experiências de compra mais atrativas.
No universo da moda, o vestido com calça voltou como uma tendência forte, mostrando que os consumidores querem versatilidade e estilo. Para os e-commerces, é a chance de explorar composições, inspirações e cross-selling que aumentam o ticket médio.
E em meio a tantas oportunidades, não dá para esquecer da segurança digital. Com o aumento dos ataques cibernéticos no varejo online, proteger dados e sistemas tornou-se prioridade, especialmente nas grandes campanhas.
Boa leitura!
AQUECIMENTO PARA A MELHOR TEMPORADA DO ANO

Um novo estudo realizado por Tray, Bling, Octadesk e Vindi trouxe dados que todo gestor de e-commerce precisa ter no radar: 70% dos consumidores já estão se organizando financeiramente para a Black Friday e 60% pretendem gastar mais de R$ 500. Mas atenção: 32% ainda deixam para decidir na última hora, ou seja, existe espaço para conversão até os minutos finais da campanha.
Em 2024, a data movimentou mais de R$ 4,5 bilhões no e-commerce, e tudo indica que este ano não será diferente.
O que os consumidores querem comprar
- Eletrônicos (53%)
- Eletrodomésticos (44%)
- Roupas (39%)
- Viagens (26%)
- Beleza (25%)
“Na Black, o consumidor encontra o momento perfeito para unir necessidade e desejo. Para o lojista online, é a grande chance de transformar compras em experiências e fidelizar clientes”, comenta Thiago Mazeto, diretor da Tray.
Frete ainda é decisivo
Nada novo, mas sempre impactante: 48% dos consumidores desistem de comprar por causa do frete caro. Por outro lado, 53% estão dispostos a esperar mais tempo se o frete for grátis. E 31% ainda valorizam a retirada em loja física.
Mobile domina as compras
O celular é hoje o canal número 1 para 75% dos consumidores, seguido pelo computador (20%). Nos canais, sites de lojas (58%) e aplicativos (52%) estão no topo, enquanto marketplaces aparecem com 31%.
O que o lojista precisa preparar
Estoque, precificação e logística são pontos-chave (principalmente para PMEs). Quem se organiza antes, sai na frente.
Pagamentos: Pix em alta
O cartão de crédito ainda lidera, mas caiu para 60% (em 2024 era 75%). O grande destaque é o Pix, que saltou para 38%, impulsionado pelo parcelamento e pelo Pix recorrente.
MAIS UMA TENDÊNCIA DOS ANOS 2000 QUE VOLTOU COM FORÇA: O VESTIDO COM CALÇA

Ousadia ou personalidade? O fato é que a combinação vestido + calça voltou a aparecer com tudo no street style, e não passou despercebida. A mistura de códigos de moda, antes vista como um “crime fashion” nos anos 2000, agora ganhou status de styling cool, principalmente nas passarelas e nas ruas de Copenhagen.
O segredo para aderir à trend está no equilíbrio:
- Tecidos leves combinam bem com jeans;
- Vestidos mais estruturados pedem alfaiataria;
- Texturas e estampas contrastantes dão aquele ar fashionista;
- O monocromático é a aposta certeira para quem quer começar sem ousar demais.
Do pretinho básico ao mix de renda com calça jeans, a proposta é simples: fugir do óbvio e apostar em produções cheias de personalidade.
A moda está mostrando que os consumidores querem looks versáteis, com espaço para experimentar, e isso abre oportunidades também para os e-commerces que desejam se destacar oferecendo inspirações de styling, cross-selling e composições de peças.
E a sua loja, vai entrar nessa tendência ou vai deixar passar o movimento que já está conquistando as ruas e os carrinhos de compra?
VAREJO ONLINE: COMO SE PROTEGER DE ATAQUES CIBERNÉTICOS

Comprar online virou parte do dia a dia. O e-commerce trouxe escala, conveniência e personalização, mas também se tornou um dos principais alvos dos cibercriminosos, justamente pelo grande volume de transações e dados importantes que circulam diariamente.
E se engana quem pensa que isso acontece só com os consumidores. As próprias empresas do varejo digital estão na mira: credenciais, acessos internos, contratos e informações de fornecedores são alvos frequentes, capazes de gerar não só prejuízos financeiros, mas também danos irreparáveis à reputação da marca.
Quando os golpes mais acontecem
As datas de maior demanda: Black Friday, Dia do Consumidor, grandes promoções, são também os momentos favoritos dos atacantes. É quando anúncios falsos, sites clonados e links maliciosos circulam em massa, muitas vezes enganando clientes e comprometendo até sistemas corporativos.
De acordo com o Data Breach Investigation Report 2025 da Verizon, o varejo global registrou um aumento de 15% em incidentes de segurança entre 2023 e 2024. Na América Latina, foram 657 casos em um único ano, e em 413 houve vazamento confirmado de dados sensíveis.
Os pontos mais vulneráveis
O mesmo relatório aponta que 93% das violações no setor seguem três caminhos principais:
- Engenharia social (phishing e manipulação de usuários);
- Ataques a aplicações web;
- Intrusões diretas em sistemas internos.
A reutilização de senhas e o uso do e-mail como login padrão continuam sendo brechas exploradas com facilidade.
O que fazer?
Cibersegurança não é mais opcional. É preciso investir em tecnologia, mas também em mudança de cultura organizacional e boas práticas internas. Essas medidas não garantem 100% de proteção, mas aumentam muito as chances de resistência a um ataque.
O ambiente digital vai continuar crescendo. E os ataques também. A verdadeira diferença entre as empresas que sobrevivem e as que viram estatística está na preparação.
E aí, gestor, já passou por isso?